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Por Dentro da Autodesk Brasil

Coisas que você não sabia sobre o expert em manufatura Raul Arozi

Priscilla Fiorin
July 17, 2017

Se por um lado tem muita gente que não sabe que a Autodesk tem produtos para áreas que vão muito além da Arquitetura e Construção, por outro tem muita gente que só conhece nossa tecnologia por conta de indústrias como manufatura e entretenimento.

Para contar um pouco mais sobre esse lado da Autodesk eu convidei o Raul Arozi, especialista técnico de manufatura para falar mais sobre sua carreira e seu trabalho com essa indústria.

Mais que comprometido e dedicado, o Raul mostra nesse bate-papo coisas que muita gente não sabe sobre ele.

Fale um pouco sobre sua carreira e formação

Bom, tudo começou quando ingressei no curso técnico de Plásticos lá em 1996 no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (na época era uma Unidade de Ensino Descentralizada da ETFPel) em Sapucaia do Sul. Foram 4 anos de muitas novidades para mim e a disciplina que me cativou foi CAE/CAD/CAM, desenvolver projetos de peças plásticas e seus moldes de injeção (tudo já em 3D), usinar os moldes e usar as injetoras para materializar aquele 3D foi uma experiência sensacional. Confesso que química nunca foi meu forte, sempre tive que estudar muito para estas disciplinas, mas CAE/CAD/CAM era algo muito natural para mim e acabei me destacando a ponto de meus professores me convidarem para estagiar e na sequencia trabalhar com eles em uma revenda de softwares CAD/CAM que eles abriram.

Nos meus primeiros 7 anos de vida profissional eu trabalhei em 3 revendas de softwares CAD/CAM (de diferentes fabricantes) como técnico de suporte e treinamento, com o tempo vamos ganhando experiência e é um caminho natural se aproximar da área comercial por entendermos melhor os desafios das empresas e como podemos ajuda-las, então fui convidado por uma empresa israelense de software CAM para assumir as operações e desenvolver um canal de parceiros na América Latina, foram 4 anos incríveis de muito trabalho mas também de crescimento profissional e pessoal onde capacitava tecnicamente e comercialmente novos parceiros, desenvolvi muitos pós-processadores, implantei sistemas CAD/CAM em diversas empresas na América Latina.

Foram nestes 4 anos que aprendi espanhol “na marra”, que desenvolvi meu gosto por pimentas, que aprendi como é trabalhar remoto (home office) e que comecei a ter mais contato com a Autodesk.  Só que neste caso, como um parceiro desenvolvedor de software CAM que tinha um plugin para o Autodesk Inventor. E em 2010 recebi o convite para fazer parte da Autodesk como Especialista Técnico para a divisão de Manufatura.

Comecei a trabalhar enquanto ainda cursava o técnico, nesta profissão temos uma rotina de viagens pesada e como eu não podia parar de trabalhar para fazer a faculdade, levei muuuuuuuito tempo para me formar. O primeiro curso que fiz era presencial, então fazia 2 ou 3 cadeiras por semestre pois viajava demais; o segundo curso acabei fazendo EAD pois foi na época que atendia América Latina e eu realmente queria me atualizar, como já estava aprendendo a trabalhar remoto, fazer EAD foi mais fácil para rotina de estudos e trabalhos.

Qual sua função na Autodesk?

Eu atuo em todo o Brasil e como especialista técnico eu tenho três grandes missões:

1. Ajudar nossos clientes e possíveis clientes a serem mais produtivos e inovadores por meio do uso de nossas soluções de Design e Manufatura;

2. Apresentar ao mercado nossas soluções e tendências tecnológicas do mundo Autodesk;

3. Apoiar tecnicamente nosso canal de parceiros através de capacitação técnica, visita em clientes, preparo de material de apoio como apresentações, entre outros.

Temos mais de 40 softwares falando apenas da divisão de Design e Manufatura, entre eles o Inventor, Fusion 360, Vault, VRED, Alias, Nastran In-CAD, Moldflow, Netfabb, ReCap, Eagle e por aí vai. Como algumas das atividades que faço posso listar: apresentações técnicas de como nossos softwares podem ajudar a enfrentar desafios específicos; webinars para o público em geral sobre principais novidades ou temas específicos de indústria; participação de eventos em clientes ou parceiros para mostrar nossa tecnologia ao vivo; representar a Autodesk em entrevistas relacionadas ao mundo de Design e Manufatura (assuntos atuais como IoT, impressão 3D, Realidade Virtual e Aumentada, robótica, etc); apoiar o time comercial e parceiros na definição de soluções para clientes e possíveis clientes; realização de provas de conceito; entre outros.

Qual seu maior desafio nesta função?

Acho que o maior desafio em ser um especialista técnico de design e manufatura na Autodesk é conhecer todos os produtos que comercializamos. Como disse, no meu vertical são mais de 40 e não tem como ser especialista em todos, então acabo focando mais nos produtos relacionados a grandes contas ou de nicho como realidade virtual, design e visualização, fábrica digital, e tecnologias disruptivas como o Fusion 360, por exemplo.

O que ajuda muito no dia-a-dia é poder contar com a ajuda dos especialistas de produto espalhados pelo mundo e também com a ajuda dos especialistas do nosso canal de parceiros.

Como é trabalhar remoto?

(O Raul mora no Sul, que é uma região estratégica para a Autodesk, especialmente pelo número de indústrias baseadas por lá).

Bom, trabalho remoto há 11 anos e hoje estou muito bem adaptado, mas não foi fácil. No começo, sua mentalidade é fundamental. Por exemplo: eu me obriguei a manter uma rotina de escritório, usava roupa social em casa mesmo que não fosse visitar clientes, era rígido com meu horário de trabalho.

O ambiente onde trabalho é muito importante, não ter um local adequado é problema, trabalhar na sala ou na varanda, por exemplo, não dá certo, por isso tenho um escritório em meu apartamento e tenho tudo que preciso para meu trabalho ali mesmo, basta fechar a porta e estou longe de distrações.

A flexibilidade de horário é algo positivo desde que não se caia em algumas armadilhas como, esquecer que as empresas trabalham em horário comercial  ou não saber quando parar de trabalhar.

Sério, é muito comum trabalhar noite adentro ou nos finais de semana (hoje é domingo, não tenho o que fazer, vou ali adiantar aquela apresentação que preciso fazer para terça-feira…).

Converso bastante por Skype com os colegas que também trabalham remotamente, o contato com os colegas é fundamental, além disso, tento estar no escritório em SP pelo menos uma vez por mês. Nosso time de especialistas técnicos tem uma reunião semanal onde compartilhamos nossas agendas e atividades atuais, é bacana para ter visibilidade do que está acontecendo e interagir com todos.

Se você não fosse engenheiro, o que teria sido?

Essa é a parte curiosa, não sou engenheiro (risos). Desde pequeno, quando tive aulas de Windows 3.11 no colégio, tive um fascínio muito grande por computadores, lembro do nosso primeiro computador (Pentium 133 com uma placa de vídeo de 4MB, era a sensação da rua com aquele super computador). Este interesse por computadores somado a minha facilidade na disciplina de desenho técnico no curso técnico de Plásticos que me trouxeram ao trabalho com softwares para engenharias (iniciando com o CAD em 3D).

Quando terminei o curso técnico e já estava trabalhando eu fiquei em dúvida sobre fazer engenharia ou TI, apostei seguir em TI e não me arrependo pois é a minha paixão e vejo que tenho muito a contribuir para as engenharias através dos sistemas de informação. TI está cada vez mais presentes nas engenharias e nas fábricas, hoje falamos sobre cloud computing para atividades de engenharia, falamos de IoT, big data, virtualização, e por aí vai.

Então, respondendo sua pergunta, se eu não fosse gestor de TI eu teria sido engenheiro. hehehe

Você pratica bastante esporte, qual relação vê entre o esporte e seu trabalho?

Tem o aspecto da saúde, claro, estar/ser saudável ajuda muito em nossa vida profissional, tenho mais disposição, não sinto dores de cabeça ou cansaço ao longo do dia, mas acho que o principal para mim é ter um momento para relaxar e não pensar em nada além do que estou fazendo naquele instante. Minha paixão é por água, pratico natação há mais de 15 anos (foi assim que conheci minha esposa, inclusive) e faço mergulho autônomo (aquele com cilindro) sempre que posso, mas também corro e ando de patins roller inline quando sobra um tempinho. O importante é não parar pois quando fico muito tempo sem praticar algum esporte ou atividade física começo a sentir dor de cabeça, cansaço, e o desempenho no trabalho acaba caindo por conta disso.

O que você mais gosta de trabalhar na Autodesk?

Trabalhar na Autodesk é sensacional, ambiente de trabalho ótimo, colegas excelentes, mas como um bom técnico o que eu mais gosto mesmo é de ter acesso a toda a tecnologia que trabalhamos: design generativo, realidade virtual, impressão 3D, escaneamento 3D, robôs, simulações, e por aí vai. É o sonho de qualquer geek! 😊

 

 

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Priscilla Fiorin

Priscilla Fiorin é jornalista e trabalha há 20 anos no setor de tecnologia. Há 8 na Autodesk, é responsável pelas ações de Brand Marketing da empresa.

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