Durante o evento Autodesk University Brasil (AU Brasil), realizado nesta semana, em São Paulo, foram demonstradas diversas aplicações da realidade virtual que irão impactar o mercado brasileiro nos próximos anos. A VZ Lab, braço de produção de conteúdo de realidade virtual e aumentada da produtora Vetor Zero, demonstrou alguns de seus projetos como o importante e premiado caso da aplicação desta tecnologia para distrair crianças durante vacinação, no laboratório Hermes Pardini.
Para Eliza Flores, fundadora do VZ Lab, há um enorme potencial global para este mercado, que deverá gerar 150 bilhões de dólares até 2020, de acordo com a consultoria DigiCapital. O VZ Lab hoje atende a projetos globais desde o Brasil, combinando o conhecimento de animação digital que o pioneirismo da Vetor Zero domina há décadas. A produtora é usuária de ferramentas Autodesk em quase todos os seus projetos.
Eliza também destacou outras evidências deste mercado no panorama global. De acordo com a executiva já existem mais de 1400 startups, no mundo, focadas em produção de conteúdo de realidade virtual e aumentada. Além disso, no ano passado foram vendidos 89 milhões de óculos para realidade virtual, a maioria para ser usado com smartphones. Em 2025, esse número deverá chegar a 500 milhões.
“Entendemos que o futuro do conteúdo digital está na adoção de interfaces imersivas nos próximos 5 a 10 anos. Várias indústrias já estão adotando a realidade virtual e aumentada como ferramentas. Por exemplo: marketing e comunicação, varejo, engenharia e educação”, conclui Eliza.
Para Rodrigo Assaf, especialista técnico da área de Mídia e Entretenimento da Autodesk, conteúdo imersivo é um caminho sem volta uma vez que cada vez mais as pessoas anseiam por experiências para tomar uma decisão de compra ou adquirir conhecimento, por exemplo.
Sylvio Mode, diretor da Autodesk Brasil, que fez o discurso de abertura do evento, informou que a empresa cresceu 30% no Brasil, em 2017, em comparação com o ano passado. “Além do nosso crescimento, vimos também que nossos clientes cresceram”. Ele atribui que boa parte deste resultado vem da troca do modelo de vendas para o de assinatura. O diretor também enfatizou que a Autodesk dá acesso gratuito às suas soluções para mais de 680 mil educadores em todo o mundo.
Segundo ele, os números globais de 2017 também foram bastante positivos, o faturamento global da empresa foi de U$ 2,1 bi. Completado pouco mais de um ano do novo modelo de assinatura, a empresa conta com uma carteira de mais de 3 milhões de assinaturas, com índice de renovação alto. Ele destacou que o Brasil tem um grande potencial de crescimento e a empresa continua apostando neste mercado.