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Mundo AEC - Blog Oficial sobre soluções da Autodesk Brasil

Infraworks 360… what else? Com a palavra o usuário

Pedro Soethe
29/11/2016

A algum tempo conheci o Marcello Porretto que trabalha na EBTE Engenharia (http://ebte.com.br/) de lá para cá temos trocado informações sobre as novas tecnologias da Autodesk, e uma delas o Infraworks 360, onde ele adquiriu e começou a usar, e em pouquíssimo tempo começou a obter resultados. Veja aqui o seu depoimento.

Infraworks… what else?

Muito bom! Sensacional esse tal de Infraworks.

Sou do tempo que fazia concordância horizontal, calculada “na mão” – e não tinha HP gráfica e programável, não, era numa calculadora científica muito simples – e desenhava as curvas usando a caixa de curvas para desenho de estradas, da Trident. Para os mais novos entenderem do que estou falando, segue uma imagem daquele estojo.

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Depois veio o CAD, o AutoCAD. Maravilha!

Eu nem me importava de passar mais tempo alternando entre os 3 disquetes flexíveis de 5 ¼” do que desenhando, propriamente. Sim, alternando disquetes, pois não existia HD. Você consegue imaginar um computador sem HD? Pois é, era assim. Eu executava o programa que estava no Disco 1 e iniciava o desenho usando as “Lines” e “Arcs”. Ao acionar o comando “Polyline”, vinha uma mensagem na tela, “Alterne para o Disco #2”. Os comandos mais avançados estavam em outro disquete. Depois de desenhar a polilinha e acionar o comando “Line”, vinha outra mensagem na tela, “Retorne para o Disco #1”. Trocava de disquetes centenas de vezes, por dia. E, assim, lá pelos idos de 1988/1989, eu usava o que existia de mais avançado, em termos de projeto de engenharia. Durante anos usei o AutoCAD, em todas as suas versões, cada vez mais desenvolvido, sempre um software de ponta.

Até que, em 2002, fui apresentado ao Land Desktop e, em 2005, ao AutoCAD Civil 3D. “ – Uma revolução! ”, eu falei.

Importar pontos e modelar, facilmente, uma superfície tridimensional? Lançar um alinhamento e ter, automaticamente, um perfil longitudinal?  Projetar um greide e uma seção tipo e, num simples corredor, gerar os taludes de cortes e aterros, as seções transversais e os cálculos de volumes? “Labels” automáticos? Eu não usava mais a calculadora. Aquilo parecia, um truque de mágica. Mais magia ainda, era alterar um raio de curva, uma rampa de greide ou a seção tipo e ter tudo atualizado, automaticamente. É tudo parametrizado.

Do que, mais, eu preciso? Do que, mais, Você precisa?

“ – Do Infraworks 360!!! ”.

E eu resolvi escrever esse artigo para encorajar você a conhecer e experimentar o Infraworks 360. E, se você já conheceu e experimentou e, ainda, não implantou o Infraworks 360, definitivamente, você está perdendo um tempo precioso do seu projeto.

Grande parte desses quase 30 anos na engenharia, eu atuei como projetista, concebendo e desenvolvendo projetos viários. Nos últimos anos tenho atuado nesses projetos, na fase de concepção, tomadas de decisões, definição de traçados e estudos de alternativas. E, de repente, surge a melhor ferramenta que eu pude experimentar nessas três décadas de trabalho, o Infraworks 360. Criar, manipular, editar, definir propostas e alternativas são tarefas extremamente simples e geram, como resultado, apresentações que, dificilmente, consigo visualizar em qualquer outro software. E mais, uma forma de apresentar que até o cliente com menor capacidade de interpretar um desenho de engenharia, pode entender, plenamente, minhas propostas. O Infraworks 360 não veio para substituir o AutoCAD Civil 3D, o Infraworks 360 não é um programa para geração de documentos de projeto executivo. No Infraworks 360 você dará os primeiros, e mais acertados, passos, que garantirão a melhor alternativa e a melhor solução para o desenvolvimento do seu projeto executivo.

Comigo foi assim, assisti a uma demonstração do software, baixei minha versão de testes, assisti a alguns filmes e tutoriais na internet, fiz algumas dezenas de perguntas em grupos de discussão do Infraworks 360 e, em poucos dias, o projeto fluía normalmente. É altamente técnico, ao mesmo tempo que parece uma brincadeira. Eu crio e edito com tanta facilidade que, quando percebo, estou projetando no Infraworks 360 e o projeto vai aparecendo, tomando forma. Foi assim que fiz meu primeiro projeto no Infraworks 360.

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Não deveria ser um projeto meu. Eu havia designado essa responsabilidade para um engenheiro e um projetista da minha equipe. Porém, eu precisava ter uma noção da capacidade do programa e resolvi fazer, paralelamente, no Infraworks 360, enquanto a equipe projetava nos métodos tradicionais um estudo de implantação de uma interseção no acesso de um loteamento, com previsão de uma estação de BRT. Foi impressionante o tempo que eu gastei para gerar minha primeira alternativa. Em alguns minutos, talvez uma hora, eu tivesse todo o traçado desenhado, as pistas nos dois sentidos, as vias laterais, os retornos e a via principal de acesso ao loteamento. Perdi um grande tempo, uns dois ou três dias, maquiando o projeto. Essa foi a parte mais árdua, pela minha falta de conhecimento e habilidade para colocar as decorações no projeto, tais como postes, modelos 3D, vegetação e etc. Foi esse o resultado…

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E o engenheiro e o projetista? Eles já haviam modelado a superfície do terreno natural, lançado os alinhamentos e greides e estavam construindo o corredor com suas dezenas de “baselines”. E eu já tinha a primeira alternativa pronta para apresentar ao cliente, que conseguiu visualizar o projeto em todos os seus aspectos e, prontamente, aprovou a proposta. Atualmente, surgiu a necessidade de estudar outra alternativa para esse mesmo projeto. É admirável a velocidade na qual eu consigo atingir novas propostas, novas soluções. A perfumaria pode levar algumas horas a mais, mas a plástica, a proposta principal vem num espaço de tempo muito curto. Uma manhã curta de trabalho e pude apresentar nova proposta ao cliente.

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Notem que a humanização do modelo ainda não foi desenhada, mas já se pode ter perfeita noção da nova proposta. E o cliente conseguiu enxergar com a maior facilidade. Não foi preciso colocar plantas, perfis, desenhos coloridos sobre a mesa. Bastou um “giro” pelo projeto e estava tudo decidido. E mais, uma pequena modificação sugerida pelo cliente ainda foi executada na mesa de reuniões, na frente dele, o que definiu, de vez, a aprovação da proposta.

Daí pra frente, sim. É hora de seguir o “workflow” proposto e exportar o modelo para o Civil 3D. O Civil 3D reconhece tudo perfeitamente, superfície do terreno, alinhamentos e greides. Hora de lapidar o projeto e fazer os ajustes finos para, aí sim, refinar seu corredor e gerar seus documentos de projeto, suas pranchas e relatórios. Não há um propósito de substituir o Civil 3D. Há, sim, a ideia de um complementar o outro.

No cenário atual, precisamos de repostas rápidas e soluções consistentes e foi através desse conceito que eu adotei o Infraworks 360 como minha principal ferramenta de trabalho. E a transição foi muito fácil e muito rápida. Eu mesmo, há alguns meses atrás, como o bom e velho projetista “das antigas”, ainda rabiscava soluções num papel manteiga sobre uma restituição ou sobre uma topografia. Tem coisas que, não adianta, quem não é um geômetra nato, não vai entender. Mas eu mudei e mudei para muito melhor, acredite.

E você também pode melhorar. Infraworks 360 é o caminho.

Abraço

au2016

Marcello Porretto é projetista, técnico em estradas e chefe do setor técnico na EBTE Engenharia Ltda. Há 30 anos na engenharia, atuou nos últimos 21 anos como projetista de sistemas viários, principalmente, nas disciplinas de projeto geométrico e terraplenagem. Utiliza o Civil 3D desde a versão 2006 e ministrou diversos cursos na Deskgraphics, revenda Autodesk. Ministrou um treinamento avançado de projeto geométrico em Civil 3D, no Instituto Militar de Engenharia – IME, em 2008.

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Pedro Soethe

Pedro Luis Soethe Cursino é formado em Engenharia Civil pela Universidade de Taubaté, tem pós-graduação em Georreferenciamento pela Faculdade de Pirassununga e em Estradas e Vias Urbanas pela FESP. Trabalha a mais de 15 anos na área de infraestrutura e é responsável por vários projetos executados no Brasil em diversas disciplinas como estradas, projetos urbanos, loteamentos, infraestrutura hidro-sanitária, drenagem, terraplanagem entre outras.

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