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Mundo AEC - Blog Oficial sobre soluções da Autodesk Brasil

 

 

No ultimo post de Edificações do blog, falamos sobre o processo de modelagem a partir da nuvem de pontos do Museu Imperial de Petrópolis com o ReCap e o Revit. (Recap+Revit – Modelagem do Museu Imperial de Petrópolis a partir de nuvem de pontos)

Acreditando que seria interessante contar um pouco mais sobre como foi todo o processo de modelagem, quais foram as diferenças entre este processo e a modelagem tradicional (não baseada em nuvem de pontos), as facilidades e possíveis dificuldades em modelar a partir de um levantamento destes, como responsável pela modelagem, vou contar  nesse post um pouco mais a respeito desse processo.

Este trabalho teve início com todo o escaneamento detalhado do Museu e, após todos os processos de criação da nuvem de pontos com o Recap, o projeto foi continuado em Revit.

O processo de modelagem do Museu Imperial de Petrópolis no Revit com a tecnologia integrada da nuvem de pontos foi um desafio. Como estudante de Arquitetura e Urbanismo nunca havia trabalhado com esse tipo de processo, que se mostrou surpreendente. Estava acostumada a usar o Revit, mas nunca com uma ferramenta que ajudasse tanto o processo de desenvolvimento e modelagem.

 

Normalmente, a maioria dos trabalhos que são modelados em Revit sem a tecnologia do escâner a laser para a criação da nuvem de pontos é feita a partir de medidas manuais e depois passada para o software de modelagem. Isso, na maior parte dos casos, causa imprecisão e distorção do trabalho final.

Logo que abri a nuvem de pontos no Revit e comecei a analisá-la para dar início à modelagem, percebi que a imprecisão do trabalho final não ocorreria ou seria reduzida quase que em sua totalidade.

    

 

Por ser um edifício de 1862, em arquitetura neoclássica, nada estava documentado digitalmente. A partir disso, o trabalho se iniciou com a organização para criação de famílias como, por exemplo, de portas, janelas e colunas. Tudo teve que ser desenvolvido no Revit e, com a nuvem de pontos, esse trabalho foi infinitamente mais preciso e ágil.

Outra situação em que a nuvem de pontos ajudou, e muito, foi na questão de modelagem da ornamentação rebuscada da fachada de todo o edifício. Toda a nuvem, quando transportada para o Revit, fica editável em relação a cortes e seções, o que facilitou o trabalho de desenvolvimento de elementos que não eram facilmente modelados apenas em vistas frontais.

Um ponto que precisou de mais atenção na hora da modelagem foi a parte superior do edifício. Como o laser foi posicionado no chão para o escaneamento, algumas partes do edifício ficaram “sombreadas” e não foram registradas. Nesse caso, isso aconteceu por conta do projeto ter o primeiro pavimento mais largo que o segundo. Por isso foi fundamental ter a captura de fotos feita pelo drone para a criação de uma segunda nuvem de pontos, aérea. Este segundo levantamento foi utilizado para a modelagem do telhado.

Imagine um projeto tão rico em detalhes: quantos dias e quantas pessoas seriam necessárias para tirar manualmente todas as medidas do edifício? Quanto trabalho adicional seria necessário para um levantamento preciso da ornamentação exclusivamente por meio de técnicas tradicionais de registro por projeções ortográficas?

Com a nuvem de pontos tudo se tornou mais claro na hora de modelar, ficou fácil verificar se algo estava ou não dentro das medidas e proporções do edifício, tornando assim um processo que demoraria muito mais tempo para sua conclusão em um projeto muito mais rápido e eficiente.

Para os interessados no assunto, um exemplo que serviu de referência para o projeto foi a digitalização em 3D de sítios históricos e arqueológicos da antiga cidade de Volterra na Itália.

Em parceria com a Fundação Volterra-Detroit, a Autodesk juntamente com uma equipe de arquitetos, engenheiros, historiadores e estudantes fez toda a documentação através de scanner à laser e drone para criação da nuvem de pontos no Recap. O objetivo foi gravar digitalmente estradas e artefatos deteriorados da cidade italiana a fim de recriar, a partir de modelagem 3D, artefatos históricos, arqueológicos e edifícios e sítios antigos para documentação e registro interativo.

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Camila Tauil

Estudante de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Já teve a oportunidade de conhecer escritórios de Arquitetura, executar projetos curriculares e extracurriculares, visitar obras e agora integra a equipe técnica AEC da Autodesk Brasil.

2 Comments

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  1. Avatarhelenatalerman

    Realmente, a tecnologia parece ser muito efetiva e compensa o investimento quando se trata de obras de grande escala. Mas qual seria a chance de uma simplificação do equipamento para levantamentos mais simples, como regularização de casas? Fica ai a dúvida

    1. Camila TauilCamila Tauil (Post author)

      Olá Helena!
      O questionamento é super valido.
      A Leica Geosystems, parceira nesse projeto do Museu Imperial, já possui laser scaners leves e compactos que podem ser operados a partir de um IPad em qualquer tipo obra.
      Vale dar uma olhada no BLK360.

      https://leica-geosystems.com/pt-BR/products/laser-scanners/scanners/blk360

      Abraço!

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