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Por Dentro da Autodesk Brasil

ESC Engenharia sofistica projetos no setor de energia elétrica com plataforma BIM Autodesk

Priscilla Fiorin
July 19, 2021

O competitivo mercado de energia tende a crescer 4% (em consumo), em 2021, de acordo com o secretário de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia, Rodrigo Limp. Isso significa que os players dessa indústria buscam cada vez mais inovação como forma de se manterem produtivos e competitivos no setor.

Este é o caso da ESC Engenharia, empresa sediada em Recife e presente no mercado há mais de 20 anos. A projetista foi inclusive recentemente reconhecida pelo prêmio CINASE, na categoria inovação, por conta da forma como tem se reinventado na criação de projetos de subestações. Ao adotar a metodologia BIM (Building Information Modeling), a empresa trouxe uma nova forma de trabalhar que eliminou etapas e consequentemente aumentou a produtividade da equipe e velocidade nas entregas.

Para a ESC, apesar de o uso do BIM na área de energia ser novidade nessa indústria, a experiência de uso nos setores já aponta que o tempo de resposta no processo é bem mais curto, apesar da complexidade das informações geradas. As entregas da empresa passaram da base de tempo de semanas para dias, uma vez que várias etapas do processo 2D foram eliminadas.

Desde a fundação da empresa, há 20 anos, as equipes incorporaram o AutoCAD da Autodesk aos seus processos. A empresa sempre teve o foco em energia, principalmente no setor de projetos de sistemas de proteção, controle e automação de subestações. Em 2016, a ESC fundou a área de infraestrutura, que com as disciplinas de projetos eletromecânicos e civis, é responsável pelo projeto da estrutura física de subestações.

A partir de 2017, com uma maior difusão da adoção do BIM no país, as áreas de Projetos Eletromecânicos e Civis passaram a estudar a aplicação de modelagens 3D. Esta iniciativa impulsionou a adoção desta metodologia em importantes empreendimentos, no setor elétrico brasileiro.

Quando os primeiros resultados apareceram, a ESC entendeu como próximo desafio do processo de implantação BIM investir no capital humano. Então, a empresa criou uma iniciativa dedicada ao desenvolvimento de projetos em BIM, na qual novos colaboradores foram treinados para o desenvolvimento de projetos na metodologia. Atualmente, a ESC possui uma universidade digital, a UniESC, que foi concebida para aprimoramentos técnicos e aprendizagem continuada dos seus colaboradores. Módulos dedicados a esta metodologia foram incorporados à plataforma e isto vem garantindo o fomento de conhecimento do uso das ferramentas e dos conceitos técnicos fundamentais para a elaboração de modelos de subestações bem como acelerado a curva de aprendizado dentro da empresa.

 

Apesar do sucesso da iniciativa, a empresa teve que lidar com alguns desafios como a resistência do mercado e escassez de fornecedores do ecossistema preparados para lidar com o BIM. Além disso, há poucos trabalhos difundidos, o que gera incerteza no setor. Para isso, a ESC tem feito um trabalho de catequisar a indústria por meio de projetos pilotos, apresentações e palestras que engajem empresas a operarem na metodologia BIM no setor elétrico.

A ESC entende que muito do que se faz no projeto de subestações acontece quando a obra já está em operação, portanto tem-se pouquíssimo tempo para aprovar etapas com o cliente pois isso já estará sendo executado em tempo real, além da complexidade associada. Por isso, nada melhor do que adotar BIM e suas ferramentas paramétricas.

A empresa ainda destaca que um dos benefícios de utilizar o Revit em projetos de subestações e a questão do melhor entendimento por meio das visualizações em 3D, uma vez que se trata da implantação de soluções habitualmente de alta complexidade. Além disso, a capacidade de utilizar recursos para extrair quantitativos e prever as próximas etapas da obra torna o trabalho mais dinâmico.

Em um dos projetos desenvolvidos pela ESC, foi possível testar mais de 4 soluções diferentes de arranjo físico de equipamentos em tempo inferior a duas horas, e com isso, foi possível afirmar com precisão, a melhor solução viável para a subestação. Foi criado um modelo em nível de desenvolvimento preliminar, para estudar as possibilidades, incluindo até as etapas futuras do empreendimento. O cliente deste piloto demonstrou satisfação ao ver a antecipação de tomadas de decisão para problemas que ainda não tinham sido apresentados a ele.

Outras ferramentas que vem sendo utilizadas pela equipe de projetos da ESC é o BIM 360 e o Navisworks.

O Navisworks vem sendo utilizado a etapa de projeto executivo e detecção de conflitos em empreendimentos. A ESC utiliza o conceito BIM também não apenas para a etapa de projeto, mas para auditar empreendimentos feitos dentro da metodologia convencional, ainda requisitada por alguns clientes.

De fato, a maior vantagem no uso dessas ferramentas foi a de contribuir para a criação de um ambiente mais intuitivo em vários níveis do projeto, além da comparação em tempo real. O BIM 360, por exemplo, tem recursos que possibilitam carregar informações diversas sem que haja interferência humana, o que facilita e agiliza o trabalho. Com esse ambiente comum de dados, pode-se navegar em projetos referenciados sem que tenha que fazer uma busca em cada documento.

Com relação à eficiência nos processos, tendo como base a análise de dois empreendimentos equivalentes tecnicamente, a ESC constatou que a conclusão de layouts gerais foi até 22% mais rápido utilizando a metodologia BIM em comparação ao desenvolvimento em CAD. Verificou também, uma redução de 13% no desenvolvimento de detalhamentos gerados pela primeira vez e mais de 42% de redução de tempo após uso de um template elaborado para a criação de entregáveis.

A ESC acredita que para os próximos empreendimentos obterá ainda mais eficiência, uma vez que criou padrões e procedimentos internos para elaboração de projetos em BIM e acumula um crescente banco de dados de projetos para distribuição (69kV) e Transmissão (230kV). Mesmo os clientes que ainda não se adequaram à metodologia serão impactados positivamente pois já foram criadas as pranchas e detalhes gerais de apresentação das documentações atendendo aos tradicionais padrões de entregáveis.

“Este caso de sucesso de projeto de subestação em BIM possibilitou quantificar o aumento da eficiência de todo o processo de desenvolvimento e execução de projetos, com relação às metodologias convencionais. Além disso, também foi evidenciado o alto potencial das soluções em BIM quanto a disponibilização rápida e intuitiva das informações do projeto, possibilitando o acesso a dados estruturados de forma muito simples. Essa característica é muito relevante, por exemplo, na realização da análise inteligente de dados de projetos, o que amplia as possibilidade de utilização do modelo do empreendimento em BIM para além da etapa de projeto, por exemplo, em aplicações de O&M”, afirma Renata Fernandes, engenheira da ESC.

De acordo com Fernanda Machado, especialista técnica da Autodesk, a empresa tem soluções muito completas para o setor de energia, que atende à demanda de complexidade de cada etapa que os empreendimentos deste segmento exigem.

 

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Priscilla Fiorin

Priscilla Fiorin é jornalista e trabalha há 20 anos no setor de tecnologia. Há 8 na Autodesk, é responsável pelas ações de Brand Marketing da empresa.

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