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Por Dentro da Autodesk Brasil

Autodesk inicia segunda fase do projeto de preservação digital do Museu do Ipiranga

Priscilla Fiorin
September 10, 2021

Concluída a fase de captação das imagens internas e externas usando scanners a laser e drones, empresa avança agora na parte da modelagem 3D do Edifício-Monumento e do Parque da Independência

 A Autodesk, empresa referência mundial em software para projetos, iniciou a segunda etapa do projeto de preservação digital do Museu do Ipiranga com foco na modelagem em 3D do Edifício-Monumento e do Parque da Independência. A empresa trabalha desde dezembro de 2019 no mapeamento tridimensional do museu e dos objetos do seu acervo, com o objetivo de construir um modelo completo em 3D e contribuir para a preservação da memória desse importante patrimônio histórico e cultural brasileiro.

O projeto começou com a captação de imagens internas e externas, processo que durou quase o ano todo de 2020. Concluída essa etapa, a empresa iniciou então a atual fase de modelagem, que terá uma série de desdobramentos, como a criação de ambientes virtuais – que poderão ser usados, por exemplo, para a criação de jogos educativos e visitas à distância –, integração de sistemas de segurança e conservação do patrimônio. O objetivo é que essa etapa seja finalizada até o segundo semestre deste ano. “A parceria com a Autodesk nos abre muitas possibilidades de mobilização das ferramentas digitais para gerenciar e difundir a memória das muitas intervenções no Edifício-Monumento”, comenta a professora Solange Ferraz de Lima, presidente da Comissão de Extensão e Cultura e docente do Museu. “Da mesma forma, a modelagem 3D do edifício e de uma seleção de objetos que estarão na exposição permitirá alimentar os conteúdos do nosso museu virtual”, completa.

“Nosso trabalho significa mais do que a digitalização do acervo e a representação em 3D do museu”, diz Fernanda Machado, arquiteta e especialista técnica da Autodesk responsável pelo projeto. “Trata-se de um mapeamento completo em 3D do edifício e de seus monumentos, com inúmeros dados associados, o que terá inúmeras utilidades. Com um projeto moderno e integrado, conseguiremos abrir um mar de possibilidades para quando o museu estiver reformado, como a criação de visitas guiadas com interação e o desenvolvimento de um acervo acessível por libras, só para citar alguns exemplos. A atual fase de modelagem será fundamental nesse sentido”, completa Fernanda.

 

O trabalho de preservação digital do Museu do Ipiranga tem o suporte da metodologia BIM (Modelagem de Informação da Construção, na sigla em inglês), que permite a criação de modelos virtuais precisos de uma construção. Ele vai além da simples representação em 3D de uma edificação, facilitando a integração entre os diversos profissionais envolvidos e contribuindo para o aumento da produtividade. A Autodesk atua nesse projeto com um time multidisciplinar formado por especialistas em BIM, como o engenheiro civil Pedro Soethe e a arquiteta Fernanda Machado, que utilizam os programas Civil 3D e Infraworks.

 

Reabertura do museu

 

Inaugurado em 7 de setembro de 1895 como Museu de História Natural e marco da Independência do Brasil, o Museu do Ipiranga está fechado para visitação desde 2013, passando por obras de restauro, ampliação e modernização. Os trabalhos foram retomados em setembro de 2019. O objetivo é que as obras sejam concluídas em 2022, ano em que será comemorado o bicentenário da Independência do Brasil, com a reabertura do museu ao público.

 

Outros projetos

 

Em 2017, a Autodesk realizou o mapeamento em 3D das instalações do Museu Imperial, localizado em Petrópolis (RJ). O projeto incluiu a captação de imagens internas e externas, com o uso de scanners a laser e drones, para a produção de um modelo e de plantas digitais tridimensionais. Todo o conteúdo do trabalho foi doado à Prefeitura de Petrópolis, responsável pela gestão do Museu.

 

Globalmente, a Autodesk contribuiu para a produção do registro em 3D de patrimônios do National Discovery Museums Institute, responsável por 1.500 museus na Tailândia, e com a produção de modelos digitais tridimensionais de parte da coleção do Smithsonian Institute, responsável pelo patrimônio de vários museus e zoológicos nos Estados Unidos. Na Itália, a Autodesk liderou projeto semelhante ao que será desenvolvido no Museu do Ipiranga e, em parceria com a Fundação Volterra-Detroit, conduziu o processo de digitalização em 3D de sítios históricos e arqueológicos da antiga cidade de Volterra.

 

A Autodesk formou também parceria com a cidade de Paris para desenvolver um modelo em BIM  3D da Torre Eiffel, criando a maior iniciativa urbana desse tipo, que inclui edifícios, ruas e infraestruturas, calçamentos de pedestres e faixas de segurança, objetos e utensílios urbanos e áreas verdes do entorno.

 

A empresa está contribuindo ainda com sua expertise na produção de um modelo em 3D do edifício da Catedral de Notre-Dame, na capital francesa, que foi parcialmente destruído por um grave incêndio em 2019. O modelo é baseado em escaneamentos internos da construção realizados antes e depois do incêndio.

 

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Priscilla Fiorin

Priscilla Fiorin é jornalista e trabalha há 20 anos no setor de tecnologia. Há 8 na Autodesk, é responsável pelas ações de Brand Marketing da empresa.

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