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Por Dentro da Autodesk Brasil

França e Associados se reinventa ao adotar o BIM da Autodesk para fazer mais com menos

Priscilla Fiorin
August 16, 2019

Depois de 40 anos de existência, os gestores da França e Associados, empresa de engenharia especializada em projetos estruturais entenderam que era hora de rever alguns processos internos a fim de aumentar a produtividade da equipe e fazer mais com menos. Esta decisão veio após diversas adaptações que a empresa teve que passar ao longo da sua jornada, encarando as flutuações que o mercado brasileiro passa de tempos em tempos.

Para rever esses processos a empresa lançou mão de adotar a tecnologia e testar procedimentos pioneiros no mercado. Isso foi feito com a implantação do Autodesk Revit, a porta de entrada para a adoção do BIM (Building Information Modeling), metodologia que vem revolucionando o mercado de arquitetura e construção globalmente. Esta metodologia, que engloba software, hardware e profissionais treinados, permite que desde o projeto diversos detalhes possam ser mapeados antes da construção ser iniciada, o que evita erros e desperdicio de tempo e ativos. É como se a construção fosse feita virtualmente antes de irem para campo.

De acordo com Reinaldo Kaizuka, diretor da empresa, uma das grandes vantagens de trabalhar com tecnologia Autodesk é o fato de ser uma plataforma aberta, o que possibilita integração com outras ferramentas do mercado.

Sendo uma empresa focada em projetos estruturais, a França e Associados usa a solução brasileira TQS e o desafio era integrar esta solução com a tecnologia Autodesk.

Ricardo Bianca, especialista tecnico senior da Autodesk explica que a empresa se preocupa em oferecer soluções que possam ser adaptadas à realidade local dos mercados em que atua e assim pode ofertar uma solução global respeitando o que acontece em cada parte do mundo onde a tecnologia para o mercado de arquitetura e construção é utilizada.

Para tornar isso possível a França e Associados destacou uma equipe que pudesse fazer as adaptações para tornar essa integração possível. Liderada pela engenheira Thais Celebroni Evangelista, o projeto consistia em criar um processo de trabalho hibrido onde fosse preservado o modelo de cálculo no TQS e, a partir dele, fosse possível gerar uma base inicial para as modelagens BIM no Revit, desta forma as ferramentas trabalhariam de forma complementar ao longo do processo de desenvolvimento do projeto. O principal objetivo deste início de implantação era, a partir do modelo BIM construído no Revit, a extração de todas as informações necessárias para a elaboração das documentações de forma ágil e segura, sem a necessidade de complementações gráficas. A customização da ferramenta e a criação de plug-ins que tornavam possíveis a adoção deste processo inovador durou cerca de seis meses, neste período a Thais e sua equipe, que não tinham nenhuma experiência com este tipo de desenvolvimento, tiveram imersão total no processo de implantação onde buscaram estudar a fundo por conta própria a melhor forma de executar a ação.

De imediato foi notada a redução significativa (95%) de abertura de chamados em obras, uma vez que antes as alterações manuais do processo CAD aumentavam o potencial de erros de projeto que acabavam gerando retrabalhos e improvisos de obra, os trabalhadores em campo acionavam a equipe de projeto para corrigir erros que poderiam ter sido previstos quando a edificação ainda não estava sendo executada.

A adoção desta nova metodologia foi feita sem ter uma meta definida, mas cujo objetivo era melhorar processos que pudessem impulsionar os negócios e tornar a equipe mais produtiva. Uma vez que a equipe de projetistas já não era desviada de suas funções para corrigir erros da obra, aliados aos processos e procedimentos bem estruturados frutos desta implantação, esse objetivo foi atingido.

A França e Associados foi pioneira nessa nova forma de integrar processos para geração de projetos.

Uma coisa que chamou a atenção de toda a equipe envolvida nesta mudança foi o fato de que os profissionais mais experientes, que tradicionalmente mostram resistência à utilização de novas tecnologias e métodos de trabalho surpreenderam ao adotar o BIM com entusiasmo. Mesmo que tenha havido um período de aprendizagem e adaptação, esses profissionais não temeram o uso das novas ferramentas, o que mostra que o bom profissional é aquele que busca atualizar seus métodos de trabalho para uma nova realidade da indústria.

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Priscilla Fiorin

Priscilla Fiorin é jornalista e trabalha há 20 anos no setor de tecnologia. Há 8 na Autodesk, é responsável pelas ações de Brand Marketing da empresa.

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