Com as Olimpíadas acontecendo, podemos imaginar o que o futuro reserva para os atletas e equipamentos esportivos. Nos últimos 100 anos, vimos melhorias drásticas no design de equipamentos como bicicletas, em termos de peso, materiais, aerodinâmica e outros.
Agora, com o design generativo conduzido por algoritmos, estamos no auge de uma revolução de design e fabricação de equipamentos esportivos. Os designers trabalham com computadores para definir as restrições e objetivos do projeto, definindo milhares de opções, algumas delas inimagináveis, a fim de atender aos requisitos especificados.
Qual deve ser o impacto…
…para calçados esportivos?
Na metade do século XIX, os calçados de corrida eram essencialmente sapatilhas de couro com solas de borracha. Os calçados de lona com solas de borracha macia começaram a aparecer por volta do início do século XX.
Calçados usados por Arthur Keily, que competiu na maratona dos Jogos Olímpicos em 1960.
A inovação dos calçados esportivos decolou nos anos 70 e 80 com a meta de grandes fabricantes de criar melhores formatos, reduzindo ao mesmo tempo o peso e aumentando o conforto.
O UA Architech foi lançado em 2016 com um design generativo, impresso em 3D, para amortecimento e suporte. Em um futuro próximo, o design generativo poderá levar à customização em massa de calçados esportivos, baseada na forma do pé de um competidor olímpico e nas necessidades de desempenho específicas de seu esporte.
…para bicicletas?
O ciclismo esteve presente em todos os Jogos Olímpicos modernos. O esporte deu um salto no final dos anos de 1800 e no início dos anos de 1900, com o advento das engrenagens e do câmbio.
Nos anos de 1980, os câmbios de marcha traseiros começaram a ser construídos com mais engrenagens, resultando em um grande número de velocidades para os ciclistas.
As bicicletas atuais são produzidas com foco na aerodinâmica e em componentes leves, sendo frequentemente apresentadas com rodas tipo deep-dish ou de disco que reduzem o arrasto.
Uma ferramenta de design generativo, tal como o Autodesk Dreamcatcher, pode produzir geometrias fora do padrão e com leveza, internamente fortalecidas por redes estruturais. Essa bicicleta parece rápida!
Ou quem sabe um desses modelos
…para arcos recurvos de tiro?
Arcos recurvos possuem um braço longo e uma única corda. O tiro com arco apareceu pela primeira vez como esporte olímpico em Paris, em 1900.
Após um intervalo de 52 anos, o tiro com arco retornou aos Jogos Olímpicos em 1972.
Os arcos recurvos modernos são, em geral, feitos de fibra de carbono. Alguns também usam uma espuma sintética para aumentar a resistência à deformação dos longos braços quando o arco é puxado.
O melhor arco recurvo, do artista John Briscella, é um design pensado no usuário, personalizado para a mão e as necessidades do arqueiro, contando também com as propriedades de resistência do material, peso e desempenho projetados para dar conta das forças aplicadas à forma. O design generativo pode ser usado para desenvolver materiais para um melhor desempenho do arco e maior personalização para cada um dos arqueiros olímpicos.
…para bolas de tênis de mesa?
O tênis de mesa olímpico deve ser jogado com uma esfera de massa de 2,7 gramas e um diâmetro de 40 milímetros.
Uma boa de tênis de mesa com design generativo pode ser projetada para maior resistência estrutural e durabilidade, enquanto contempla as especificações internacionais para massa, diâmetro e resistência do ar. Chega de bolas de ping-pong esmagadas com facilidade!
…para a própria atleta?
A ciclista alemã Denise Schindler irá competir nas Paraolimpíadas do Rio, em Setembro. Denise fez parceria com a Autodesk para explorar as novas tecnologias e técnicas de fabricação que podem ser aproveitadas para aumentar a acessibilidade de próteses esportivas.
A nova prótese de Denise foi modelada usando uma ferramenta avançada de design em nuvem, o Fusion 360 . O peso da prótese foi reduzido graças ao software de design generativo Autodesk Within.
Boa sorte para a Denise no Rio!