BIM – do acrônimo em inglês Building Information Modeling (Modelagem da Informação da Construção) – é uma metodologia consagrada que vem evoluindo em velocidade exponencial desde que foi criada, em meados dos anos 2000. Entre seus benefícios, ele dá a projetistas, construtoras e operadores de obras ferramentas que aumentam a produtividade e a eficiência, seja em projetos de edificações ou de infraestrutura.
De acordo com um relatório elaborado pela consultoria Ernest Young, as empresas brasileiras mais produtivas em 2014 apontaram o uso de ferramentas BIM como um dos motivos do sucesso e uma grande alavanca de produtividade.
O mesmo ocorre com empresas e órgãos de governo que utilizam o BIM em seus processos. A aplicação dessa metodologia gera um grande retorno no investimento. Em alguns casos, a economia varia entre 8% e 22% no valor inicialmente orçado para a obra. O tempo de projeto e execução pode ser reduzido em até 33%; já a diminuição de erros em documentos pode chegar a 33%, a redução nas reclamações após a entrega da obra é de até 38% e a há até 44% de redução de atividades de retrabalhos.
Com vantagens tão atrativas, órgãos e governos ao redor do mundo estão cada vez mais empenhados em adotar o uso dessa metodologia em suas obras. O Brasil segue o mesmo caminho. Recentemente, a Câmara dos Deputados instalou um comitê para discutir a implantação do BIM em todas as obras públicas no Brasil.
BIM no contexto urbano
O contexto urbano atual do Brasil é o seguinte: existe uma grande necessidade de repensar as cidades, seus vetores de infraestrutura e os equipamentos urbanos.
A infraestrutura reúne um conjunto de ações necessárias para apoiar o fornecimento de utilidades como água, luz, esgoto, drenagem, entre outros. Ela também é responsável pela locomoção das pessoas e bens dentro da cidade como ruas, avenidas e meios de transporte coletivo de pessoas e cargas. Também estão embaixo do guarda-chuva da infraestrutura praças e locais de recreação, estacionamentos públicos, entre outros.
Os equipamentos urbanos, por sua vez, são todas as edificações que fazem parte da cidade, como escolas, hospitais, prédios administrativos, terminais de ônibus, terminais logísticos e centro de distribuição.
Dito isto, podemos associar rapidamente os benefícios documentados e atestados do BIM com as obras necessárias para o crescimento e a manutenção de uma cidade. Mas não somente isto, podemos dizer também que, atualmente, o BIM é a única metodologia que possui ferramentas e soluções para acompanhar as mudanças que as cidades estão enfrentando e irão enfrentar.
Os conceitos de Internet das Coisas – IoT (Internet of Things) – e de cidades inteligentes estão inundando as cidades com equipamentos que geram milhões de dados a toda hora e momento. Como é possível usar esses dados para melhorar e dar validade aos projetos? A resposta é: com soluções BIM. Hoje, uma cidade inteligente precisa do BIM para gerar projetos inteligentes.
Então qual é a proposta do BIM para o planejamento urbano? A proposta é criar uma cidade virtual, para criar projetos melhores, ambientalmente corretos, eficientes e econômicos, utilizando sempre os últimos dados e atualizados diariamente, dando assim confiabilidade e resultados verificáveis, além de conseguir comunicar de forma eficaz a suas soluções para qualquer público.
Obrigada e até a próxima!
fonte: http://jornaldaconstrucaocivil.com.br/2016/04/14/beneficios-do-bim-para-o-planejamento-urbano/