Vou começar o ano com um post que deveria ter sido feito no início do ano passado, mas como estamos no Brasil este tema será sempre atual.
Ano passado houve um desastre na cidade de Nova Friburgo. Logo após o desastre eu fiz um vídeo mostrando algumas ferramentas do AutoCAD Civil 3D (mais voltadas para o geoprocessamento, já que o Civil 3D contém o Map 3D) que podem ser úteis na determinação de áreas de riscos em encostas, tais como, análise de elevações, análise de declividades, determinação de bacias de contribuição, entre outros.
Em poucos minutos eu peguei a topografia do terreno a partir do Google Earth e joguei no Civil 3D, depois fiz uma análise rápida da topografia do terreno para ver quais são os pontos baixos da região, e verifiquei em seguida quais eram as áreas com alta declividade (áreas potenciais de riscos) e áreas de baixa declividade (áreas sujeitas a alagamentos). Depois quando comparei os resultados da minha análise com as manchetes dos jornais, não deu outra, as áreas de alta declividade na proximidade da cidade foram onde ocorreram os deslizamentos e as áreas mais planas, na região mais central da cidade, foram as áreas que sofreram com o alagamento.
A conclusão é: a tecnologia para determinar áreas de riscos e áreas com potencial de alagamento com certa facilidade já está disponível, o que falta são atitudes concretas para evitar e mitigar estes problemas.
Estas ferramentas de análise, combinadas com a extensão River Analysis e a extensão Storm and Sanitary Analysis podem ajudar na determinação de áreas alagadas e várias outras tarefas que podem evitar desastres e a perda de vidas! Eu queria que a questão de gerenciamento de águas pluviais fosse levada mais a sério neste país, acho que a população de Minas Gerais e do Rio de Janeiro também!
Até a próxima!