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Mundo AEC - Blog Oficial sobre soluções da Autodesk Brasil

Já trabalhou com Bancos de Dados Espaciais + Produtos Autodesk?

Gustavo Paula
24/11/2016

Isso mesmo!

Muita gente já ouviu falar e já até viu em seu Civil 3D, AutoCAD Map 3D, Infraworks 360 e outros, ferramentas para conectar um Banco de Dados externo.

– Tá, e aí?

– Aí que, trabalhar com esta tecnologia não é um bicho de 7 cabeças e poderá ajudá-lo em alguma fase da sua vida profissional.

– Como?

– Em vários posts e vídeos, vemos o uso do Autodesk Infraworks 360 conectando feições, o que são feições? Edificações, áreas molhadas, ruas, quadras, etc. que podem vir via ShapeFile ou SHP, ou dados CAD, dados do Civil 3D e como se trata de uma ferramenta para concepção de projetos, corremos o risco de nos deparar com um cliente que não tem nenhum destes arquivos, e em vez disto ele tem, um Banco de Dados Espaciais onde todas as suas feições estão representadas em tabelas.

– Em que situações ou tipos de projetos isso poderia acontecer?

– Vamos à alguns exemplos básicos:

Você trabalha com mapeamento e em algum projeto, como regularização fundiária, mapeamento de processos minerários, mapeamentos geológicos ou até mesmo o cadastramento de unidades imobiliárias para atualização do IPTU.

Você, cheio de energia e amor para dar com seu .DWG e seus inúmeros arquivos .SHP (Shapefile e  precisa trabalhar juntamente com outros departamentos ou até mesmo, outras empresas prestadoras de serviços que trabalham com o ArcGis ou com o AutoCAD Map 3D, ou outro software Gis.

Como você acha que o gestor dos dados, responsável por compatibilizar todas as disciplinas faria para facilitar a vida dele, mantendo seus dados seguros, constantemente atualizados e backupeados?

Ele disponibilizaria tudo em um Banco de Dados, até mesmo para sua aplicação específica como um Sistema de Guias de IPTU. Todos os seus prestadores de serviços deverão estar conectados à apenas um Banco de Dados e sua vida estaria resolvida.

E você, já está preparado para trabalhar desta forma?

Existem outras alternativas dos softwares Autodesk trabalharem com o conceito multiusuários, vejamos à algumas delas:

AutoCAD Civil 3D

Já fazem muitos anos que o AutoCAD Civil 3D tem a opção de trabalhar com DataShortcut, que é uma forma de vários usuários trabalharem com dados compartilhados, além de transformar o projeto mais leve e mais inteligente. Isso, para arquivos Civil 3D, fora trabalhar como o AutoCAD Map 3D trabalha que veremos abaixo:

AutoCAD Map 3D

Se você estiver trabalhando com vários desenhos em DWG de várias disciplinas e todas elas estiverem trabalhando nestes desenhos e usando o seu como base e vice e versa, você pode optar por conectar estes desenhos para visualização e fazer seu projeto, com base nos demais desenhos.

Se você estiver trabalhando com arquivos SHP (Shapefile) de diversos temas como Geologia, Geotecnia, Processos Minerários, Estrutural, MUB (Mapa Urbano Básico) e outros e precisar trabalhar em regime multiusuário, você poderia apenas conectar estes arquivos SHP e o departamento que fizer alguma modificação, essa se refletiria no seu desenho.

Autodesk Infraworks 360

Através dele você pode compartilhar seu modelo para que outros possam editá-lo ou apenas visualizá-lo. Simples.

– Então, qual a vantagem do Banco de Dados?

– Com base nesta pergunta que já cansei de ouvir, relacionei algumas abaixo:

  1. Organização.

As tabelas criadas no Banco para receber os dados tabulares e feições, só aceitarão o que estiver no seu padrão. Assim, evitaria a confusão de cada um fazer o que quer ou que acha que está certo como tipo de campo, dígito separador e outros.

  1. Segurança e confidencialidade.

Apenas o departamento, empresa ou usuário X, terá acesso à determinada informação.

Tive esta experiência quando trabalhei como Coordenador de Geoprocessamento em uma Prefeitura. A Secretaria de Saúde tinha em seu Banco de Dados, pessoas com doenças graves e estas informações só poderiam ser acessadas por um profissional X, enquanto outro, teria acesso apenas às informações sobre vacinação, outros apenas sobre doenças crônicas, outros apenas epidemias.

Desta forma você consegue gerenciar as informações, usuários e tudo isso, através de um Banco de Dados bem estruturado, bem organizado e em alguns casos, teria que fazer uso também de recursos de programação para modelar uma interface gráfica voltada para cada necessidade.

  1. Segurança e estabilidade

Com um Banco de Dados bem modelado e bem gerenciado, os backups são constantes, as manutenções poderão ser programadas e outras tarefas necessárias para o bom funcionamento, poderão ser executadas de forma segura, programada e sem falhas ou pelo menos, com o mínimo de falhas possíveis.

  1. Rapidez na manipulação e no acesso à informação;
  2. Redução do esforço humano (desenvolvimento e utilização);
  3. Disponibilização da informação no tempo necessário;
  1. Controle integrado de informações distribuídas fisicamente;
  2. Redução de redundância e de inconsistência de informações;
  3. Compartilhamento de dados

Até mesmo com outros departamentos ou órgãos reguladores.

– E não existem desvantagens?

– Claro que sim! Vejamos algumas:

Segurança

Por mais que o usuário seja restrito á alguma tabela, ele pode acabar conseguindo acessá-la.

Existem diversas formas de evitar ou pelo menos, dificultar esta manobra mas não é o intuito deste post, chegar à este nível de detalhes.

Custo

Mesmo se trabalhando com um Banco de Dados OpenSource, terá despesas com programação, com manipulação e outras tarefas.

Um exemplo que abordei no vídeo abaixo de aplicação do uso do Trabalhando com Banco de Dados Espaciais, foi a montagem de uma cidade virtual no Autodesk Infrawork360.

Durante minha modelagem da cidade, a equipe de cadastro imobiliário precisou fazer uma alteração, uma edição em alguma edificação e aí, como estamos compartilhando a mesma feição do banco, no momento que ele faz o check-in e eu clico no botão atualizar, meu modelo altera conforme a edição efetuada por ele.

Tá, isso é simples. Poderia ser feito compartilhando o mesmo arquivo do Civil 3D ou o mesmo arquivo Shapefile, por exemplo.

Mas e se cada um de nós estivéssemos trabalhando em um escritório diferente, até mesmo em países diferentes?

A solução seria o Banco de Dados configurado corretamente para podermos realizar essas tarefas.

Para ilustrar de forma mais clara este post, seguem dois vídeos abaixo:

No primeiro eu ensino como instalar e configurar um Banco de Dados OpenSource (PostgreSQL) com sua extensão Espacial (PostGIS) e no segundo vídeo, ensino como carregar as tabelas e geometrias dos arquivos Shapefile neste banco, montar uma cidade virtual no Infraworks 360 através de uma conexão e no AutoCAD Map 3D também conectado, como fazer a edição de uma feição, atualizá-la e fazê-la refletir no modelo da nossa cidade virtual modelada em 3D.

Clique na imagem abaixo para assistir o primeiro vídeo, ensinando a instalar e configurar o Banco de Dados PostgreSQL e sua extensão espacial PostGIS

Bancos de Dados

Para aprender como publicar suas tabelas no Banco de Dados e acessá-la com o AutoCAD Map 3D e o Autodesk Infraworks 360, fazendo com que as informações sejam interativas, clique na imagem abaixo para ver o vídeo desta integração.

Bancos de Dados

Para saber mais, entre em contado com Alex

Para baixar o PostgreSQL, clique aqui.

Para baixar alguns dados Shapefile para a realização dos passos apresentados no segundo vídeo, clique aqui.

Abraço!

alex

Alex Rodrigo Librelon é formado em Desenho Técnico pelo Colégio Técnico de Contagem.Com mais de 20 anos de experiência na área de projetos, atuou em áreas como:  projetos de máquinas industriais, robótica, infraestrutura, arquitetônicos, mapeamentos, mineração e outras. Trabalhou como Chefe de Dptº de Geoprocessamento, Analista de Produtos Autodesk, Projetista em Mineração e Gerente de Produtos Sênior Autodesk. Atualmente presta serviços como Consultor e Projetista Sênior da Digital Cursos.

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Gustavo Paula

Estagiário da equipe técnica AEC da Autodesk Brasil, estudante de Engenharia Civil na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Antes de estagiar na Autodesk, trabalhou em obra, de um projeto residêncial, acompanhando as etapas e recursos necessários para condução dos trabalhos da equipe de obra.

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