A infraestrutura dos meios de transporte, assim como o mundo em sua volta, está se tornando cada vez mais integrada e conectada. A maneira de se conceber, projetar, construir e manter a infraestrutura dos sistemas de transporte irá requerer que os modos de transporte e os ciclos de vida destes modos sejam considerados como um sistema integrado e interconectado e não como um sistema isolado. As necessidades são enormes, os meios financeiros são cada vez menores e a expectativa da sociedade é muito alta para permitir a ineficiente do passado no futuro dos sistemas de transportes.
Grandes mudanças estão acontecendo para todas as disciplinas da engenharia, principalmente para aquelas ligadas a infraestrutura de transporte.
Nós não precisamos olhar nada além, do que o rápido avanço da tecnologia e sua relação com dispositivos inteligentes conectados em redes sociais, abastecidos pela nuvem, para ver o impacto em todas as disciplinas de planejamento, projeto, construção e operação. Estas mudanças pode parecer assustadoras e custosas, mas pode, também mudar dramaticamente nossa vida pessoal e profissional de maneiras que nem poderíamos imaginar, criando várias avenidas para novas oportunidades. E isto é chamado de ruptura.
Ruptura
A ruptura ocorre “quando mudanças na tecnologia e negócios afetam o valor da proposição dos bens e serviços. ” Hoje em dia estamos experimentando uma rápida e sem precedentes aceleração desta ruptura. A tecnologia está avançando tão rápido, que o negócio deve focar na adaptação e se envolver com a ruptura, e não esperar ela passar para aí somente começar a jornada. Esta espera, te levará para trás e deixará a porta aberta para uma competitividade maior, daqueles que conseguiram se adaptar com a esta nova tecnologia e evolução, assim alcançam novas oportunidades. O BIM é o processo que é necessário para se adaptar a esta ruptura.
A natureza desta ruptura irá ocorrer em 3 eixos: Produção, Demanda e Produtos.
Produção
Produção é como nós pensamos e entregamos todos os tipos de soluções em transportes, tanto intelectualmente quanto fisicamente. A produção está sofrendo uma ruptura de duas formas. Primeiro, em como pensamos sobre como planejar e entregar projetos de infraestrutura em transportes (produção intelectual) e isto hoje é diferente, hoje temos um grande acesso a informação e uma melhoria na habilidade para colaborar, comunicar e compartilhar esta informação. Todos estes fatores resultam em informações melhores, mais rápidas e mais frequentes a serem apresentadas aos interessados e tomadores de decisão. Segundo, é como nós atualmente entregamos um projeto de infraestrutura (produção física) que tem mudado com a tecnologia e serviços, que permitem que nós tomemos vantagens da crowd-sourcing para comunicar e financiar projetos, avanços na tecnologia, por exemplo, que transmitem projetos diretamente das maquinas para o local de construção (ex. máquinas guiadas por GPS), componentes pré-fabricados no local da construção ou fora dele, e eventualmente uma inovação que surge do nada, como por exemplo uma impressora 3D autônoma que irá “imprimir” uma ponte e até mais que isto.
Demanda
Demanda, informa como nós podemos escolher e investir em infraestrutura, incluindo meios de transporte. Esta ruptura acontece por três maneiras: primeiro, a necessidade de ser mais sustentável; segundo, a necessidade de harmonizar uma grande concentração e crescimento em centro urbanos; e terceiro, o advento da economia compartilhada. Sustentabilidade coloca pressão no desenvolvimento de solução que são limpas, mais eficientes e com menor impacto – este é começo do triangulo formado pela sociedade, meio ambiente e impacto econômico, a sociedade concentra suas demandas no crescimento de centros urbanos que estão mudando a infraestrutura e as prioridades em investimentos para mobilidade – a economia compartilhada (como Uber, Zipcar, e veículos autônomos como o do Google) tem mudado nossa demanda de ter para compartilhamento.
Também, você sabia que a Geração Y é muito mais influente e exigente que a geração anterior? Exatamente e isto tem implicações diretas nos meios de transportes. Suas demandas são diferentes que as gerações anteriores. Escute este podcast com o autor de “The Age Curve”, Ken Gronbach e Terry Bennett sobre a pesquisa de Ken sobre as implicações disto na indústria de transportes.
Isto representa uma mudança nos modais de transporte em vários níveis nas cidades, estados e países.
O futuro dos meios de transportes envolve o crescimento do uso de bicicletas
http://bikeleague.org/content/growth-bicycle-commuting
Uso da bicicleta é maior para ir trabalhar do que andar no parque.
http://www.mobilize.org.br/midias/pesquisas/pedalando-na-cidade.pdf
Produtos
Produtos, são artefatos que nós usamos como smartphones e tabletes, tecnologia a laser e drones. Produtos influencias as nossas tomadas de decisão, disseminam informação, conhecimento e compreensão. Estas coisas não existiam a 5-10 anos atrás. Os produtos também são o mix-modal de sistemas de transportes que usamos no nosso dia a dia. Nós estamos na transição do pensamento que o objetivo de um projeto de infraestrutura é produzir um único ativo, versus, a compreensão de como a aplicação deste projeto via beneficiar e afetar um sistema muito maior.
Há 30 anos atrás, a introdução do desenho auxiliado por computador (CAD) pegou a caneta e o papel e digitalizou os mesmos, mudando radicalmente como nos desenhos tudo. Esta foi o começo da era da Documentação. A 15 anos atrás nos começamos outra mudança, com a introdução do BIM. Nos últimos 10 anos nós temos progredindo e expandindo o BIM para uma era de Otimização, onde de forma continua estamos adicionando inteligência o ambiente de modelagem, como meio ambiente, utilidades, geotécnica, e dados das partes interessadas. Na era da otimização nós temos a capacidade uma modelagem, visualização e simulação poderosas. Na realidade nos podemos agora otimizar nossos projetos em nossos computadores diferente do passado onde tínhamos que fazer estas mudanças em “pleno voo” diretamente no momento da construção, o que é bem mais custoso e consome muito mais tempo. Isto resulta em grandes mudanças na nossa eficiência e eficácia, em conceber, projetar e entregar projetos.
Com a convergência de novas tecnologias tendo a nuvem como espinha dorsal nos agora estamos movendo para a era da Conexão. Nós não só podemos otimizar nossos projetos, mas, nós podemos acessar, compartilhar, colaborar e comunicar nossos projetos de maneiras nunca antes imaginadas, através do advento do processamento infinito pela nuvem, captura da realidade, equipamentos portáteis inteligentes, e diversas outras ferramentas. Isto é na realidade, uma mudança de como nossos clientes esperam tomar decisões mais cedo no processo, mais frequentemente, e com uma melhor e mais precisa informação. Não somente porque temos a possibilidade de otimizar o projeto de meios de transporte antes dele ser construído, mas, porque nós podemos tomar decisões críticas muito antes no ciclo de vida do projeto e assim otimizar o processo para reduzir erros, desperdício e ineficiente. Isto também nos permite a ver a longo prazo em termos de resiliência do sistema focando na sua modularidade – a habilidade para mudar e ajustar os componentes para ajustar as mudanças de demanda e uso.
O futuro dos transportes é Multi Modal
http://www.ilaese.org.br/wp-content/uploads/2012/10/Transportes-Urbanos-no-Brasil-vers%C3%A3o-final-maio-2012.pdf
Source: Making life simple and green with public transportation – More info here: http://www.transportgooru.com/2012/06/infograph-take-public-transport-make-life-simple-and-green/
Aplicando a Modelagem da Informação da Construção (Building Information Modeling BIM)
Na era da conexão, a progressão passo a passo está sendo eliminada por um processo maior, mais continuo, sem emenda e transparente que resulta em uma significante melhoria na performance do projeto. A era da conexão é sobre como aplicar os processos BIM e workflows para todo o clico de vida de um projeto. Aplicando estes processos bem nas operações usando análises preventivas para ajudar a moldar a performance dos ativos na sua expectativa de vida e nas condições em que ele irá existir no momento exato do tempo em que será construída ou reformada. Sistemas de transportes podem ter um retorno de investimento 50 a 100 e isto não somente afeta a nossa geração mas também as gerações futuras. Portanto, mais do que nunca nos precisar garantir grande previsibilidade, fiabilidade, qualidade e resiliência em como projetamos, entregamos, operamos e gerenciamos um sistema de transporte para proteger e assegurar nossos investimentos. BIM é o ambiente e processo que permite nossa indústria a adaptar e capitalizar na era da conexão assim será a base para um conjunto mais rico de análises e informações conectadas que estão por vir.
Traduzido do artigo http://bimontherocks.com/transportation-new-era-connection/