twitter youtube facebook linkedin email
Connect with:

Mundo AEC - Blog Oficial sobre soluções da Autodesk Brasil

BIM

Este trabalho extra vale a pena? Quantificando ROI em projetos de Infraestrutura com BIM

Pedro Soethe
23/09/2015

No mundo da engenharia civil, temos os operadores de infraestrutura, empresas de consultoria e outros envolvidos, e estes estão sempre atrás antes de implementar o BIM, saber qual é o beneficio que podem ter com esta implementação , para assim mudar todo o seu processo interno e estrutura de trabalho. Será que o tempo é desperdiçado? O dinheiro economizado é substancial?

Qualquer um familiarizado com BIM vai dizer que ir para um fluxo de trabalho com modelos 3D inteligentes, requer investimento. Mas quanto você sabe, sobre o quanto você terá de retorno com este investimento?

Meios de mensurar o sucesso no negócio, geralmente envolvem números relacionados, a melhora da qualidade do projeto, maior eficiência na execução, menor tempo para licitar, menor retrabalho, baixo custo e por ultimo e o melhor de todos o “Retorno no Investimento” (ROI). Então qual é o  ROI para infraestrutura com BIM?

O relatório de 2012 da McGraw-Hill com o titulo de “The Busines Value of BIM for Infrastructure” , que é um relatório voltado para análise de BIM para Infraestrutura, mostra que o BIM esta sendo adotado mais rapidamente por empresas de infraestrutura, que quando o BIM começou a ser adotado para os projetos de edificações. Ao longo desta adoção, vem o desejo de associar valores, para os benefícios do BIM para Infraestrutura, ou melhor ainda, criar um jeito repetível pra calcular o ROI real, usando BIM para projetos de infraestrutura.

Embora ainda não definitivo, foi estabelecido uma abordagem, e estamos começando a ver alguns usuários já relatando resultados quantificáveis.

BIM para Infraestrutura e resultados de ROI

Um exemplo de um usuário é o Departamento de Transportes de Wisconsin (WisDOT), que é uma especie de DER do estado de Wisconsin. Que teve um artigo muito relevante, publicado recentemente em um TechBrief do Departamento de Transportes da Administração Rodoviária Federal, equivalente ao nosso DNIT. Este TechBrief reporta o que o WisDOT tem colhido de benefícios, por adotar fluxos de trabalho BIM no planejamento e projeto, com substancial economia na construção. Além dos reembolsos quantificáveis que eles estão tendo, e outras melhor idas já conhecidas do BIM, como as relatadas acima, tem outros benefícios incorporados, como melhora na produtividade das operações, melhora no processo de licitação e também na segurança, do trabalhador, a partir do aumento da mitigação de possíveis problemas, do processo de construção, a partir de revisão facilitada de detalhes complexos, que poderiam acontecer no momento da construção.

De acordo com o TechBrief, para determinar a quantificação da economia do WisDOT, eles tiveram grande esforço para desenvolver um ROI para BIM em Infraestrutura, criando uma metodologia para usar um modelo de engenharia 3D em seus projetos de rodovias. A metodologia foi estabelecida, usando dados de um projeto de intersecção em desnível que estava quase concluído.

Inter

A intersecção for projetada usando inicialmente plantas 2D tradicionais, mas o departamento decidiu gerar modelos 3D no final do projeto, para calcular a potencial economia, que poderiam ter como resultado da mudança de processo. O WisDOT focou em oportunidades especificas para ROI, como Relatório de Verificação de Problemas(RVP). RVPs, as vezes são referenciados com os Relatórios de Mudanças da Engenharia (RME), são mudanças no projeto que se tornam um potencial gerador de problemas, na hora da construção, quando não verificadas corretamente.

Inter2

 

O que eles encontraram foi aproximadamente $9.50 milhões de dólares de possíveis economias, quase 50% dos custos do contrato da obra, que poderiam ser economizados se um modelo 3D inteligente fosse utilizado no projeto. As categorias de RVP com as maiores oportunidades para ROI são estruturas gerais, drenagem da rodovias, estruturas molhadas, pontes e muros antirruídos. A conclusão foi que o numero de problemas e o preço médio por problema poderia ser reduzido se modelo de engenharia em 3D fossem utilizados durante a construção.

Inter3

Conclusão

A mudança dos processos tradicionais 2D para BIM não acontece da noite para o dia.  Custos para a adoção do BIM para infraestrutura, incluindo custos de treinamento, sofware e hardware, assim como custos para criação de padrões de entrega e metologias de trabalho as vezes assustam um pouco. Mas como podemos ver, operadores de infraestrutura como o WisDOT estão provando que os custos iniciais de implantação são ínfimos em comparação aos benefícios e o retorno econômico a longo prazo.

Se você esta interessado em aprender mais sobre o esforço em calcular o ROI em BIM para infraestrutura que o WisDOT esta fazendo, você pode ler todo o FHWA TechBrief aqui.

Abraço

Artigo retirado do post http://bimontherocks.com/is-the-extra-work-worth-it-quantifying-bim-for-infrastructure-roi/

 

Featured Links

Pedro Soethe

Pedro Luis Soethe Cursino é formado em Engenharia Civil pela Universidade de Taubaté, tem pós-graduação em Georreferenciamento pela Faculdade de Pirassununga e em Estradas e Vias Urbanas pela FESP. Trabalha a mais de 15 anos na área de infraestrutura e é responsável por vários projetos executados no Brasil em diversas disciplinas como estradas, projetos urbanos, loteamentos, infraestrutura hidro-sanitária, drenagem, terraplanagem entre outras.

'