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Por Dentro da Autodesk Brasil

Construtora Barbosa Mello usa BIM integrado a tecnologias exponenciais para impulsionar a inovação na indústria da construção

Priscilla Fiorin
August 9, 2021

 

Após a evolução no uso da metodologia BIM, empresa se dedica a avançar na integração da realidade aumentada e na qualificação de profissionais em modelagem virtual

A sólida experiência da Construtora Barbosa Mello (CBM) em variados tipos de projetos, em especial os de alta complexidade, tem permitido que a empresa participe de várias iniciativas que vem impulsionando a jornada de inovação pela qual passa o País.

Em 2019, a construtora deu o pontapé inicial nesta jornada ao iniciar a implantação do BIM (Building Information Modeling). Para este passo ser dado, uma equipe da empresa participou de uma imersão no Vale do Silício, em que puderam ter contato com diversas tecnologias avançadas aplicadas ao setor de construção.

Para difundir internamente a nova cultura, foi criado um núcleo específico para absorver e implantar a metodologia. O objetivo foi o de misturar capacidades e perfis de profissionais, incluindo diferentes faixas etárias. Assim, seria possível difundir a cultura BIM na empresa abrangendo as diversas visões e atividades executadas pelo time que passaria a aplicar os novos conhecimentos.

Este projeto teve três momentos: a conversão de 2D para 3D, de 3D para 4D e agora de 4D para 5D. Dessa forma, a empresa saiu da fase da inovação para a implementação. A partir daí, o BIM foi levado para uma rotina de execução e sob uma perspectiva de customização. Hoje, o BIM é tido como um diferencial da Barbosa Mello no mercado, contribuindo também para a formatação de propostas agregam uma perspectiva visual do projeto.

Resultados – Em sua jornada de implantação da metodologia BIM, que tem entre outros a Autodesk como parceira, a Construtora Barbosa Mello focou em pontos-chave do processo construtivo para agregar valor ao uso da modelagem virtual por meio de tecnologias exponenciais. Mais que se ater a softwares e plataformas, a CBM deu atenção especial ao método e seus resultados potenciais. Isso permitiu à CBM automatizar o processo de medição e integrar a captura de realidade por drone à análise de interferências, práticas ainda pouco difundidas no mercado da construção no Brasil. A equipe da Barbosa Mello acrescentou a perspectiva do BIM Analytics ao trabalho desenvolvido, assegurando a consolidação de informações para a tomada de decisões, como a extração de dados quantitativos com grande precisão para o take off, simulações para o plano de ataque e a geração de medições com o cliente. “Trata-se de uma solução que possibilitou à CBM avançar para a 5ª dimensão na aplicação do BIM, ampliando a confiabilidade e acuracidade dos dados e agilizando a apuração de serviços executados”, destaca o executivo.

Com isso, tarefas de consolidação de dados realizadas manualmente tornam-se automatizadas, o que confere mais velocidade à entrega e permite que os profissionais dedicados a essa atividade possam focar em outras atribuições de planejamento e gestão. A equipe também automatizou, através de rotinas do Dynamo a memória de cálculo utilizada para a geração dos relatórios.

Equipamentos não tripulados – Em seu projeto pioneiro de equipamentos não tripulados, a CBM também fez o uso do BIM. A partir da modelagem 3D, foi possível embarcar o projeto BIM no sistema dos Não Tripulados (Machine Control). Na prática, foram implantados sensores em veículos de obra para que eles pudessem ser pilotados remotamente e assim evitar expor a equipe de campo a potenciais acidentes. Esses sensores podem “ler” os dados gerados pelo BIM para que o comando seja obedecido com eficiência. Para “pilotar” essas máquinas, a própria equipe de campo foi treinada, o que mostra que a Barbosa Mello entende que a automação não é uma forma de extinguir empregos, mas de criar oportunidades para seus funcionários, com treinamento e capacitação.

Também é um diferencial da CBM o uso integrado da aerofotogrametria, que acelera a medição de obras de infraestrutura ao permitir o cálculo do volume do serviço executado, além de proporcionar a análise prévia de interferências sobre o projeto. A partir de fotografias produzidas via drone, a nuvem de pontos do terreno se torna a base para a simulação em 3D do ambiente em que a obra será realizada e a sobreposição do projeto, gerando a visualização de sobreposição de estruturas, inviabilidade de acesso à área de trabalho, necessidade de adequação em atividades ou instalações pré-existentes, por exemplo. Assim, antes de ir a campo, por meio do ambiente virtual, a equipe consegue antecipar situações e adequar o planejamento, evitando retrabalhos e desperdícios, além de otimizar o tempo de execução. Os resultados dessa análise crítica e compatibilização dos projetos são facilmente comunicados aos clientes por meio do fluxo de informação estabelecido nas plataformas de gerenciamento.

Como próximos passos, a CBM está se dedicando para avançar na integração de realidade aumentada ao modelo BIM, para agregar os processos de garantia da qualidade e para criar um Data Lake, que irá viabilizar a conexão entre os dados de construção digital e as informações do back office.  Atualmente, grande parte das obras em andamento na Barbosa Mello adota práticas BIM. Brevemente esse número será 100%. Para difundir a metodologia BIM para outros projetos, a Construtora desenvolveu uma escola interna de formação e qualificação de profissionais em modelagem virtual, que já capacitou mais de 80 pessoas nos últimos 12 meses. Os conteúdos trabalhados contemplam desde noções básicas até o aprimoramento em softwares e ferramentas avançadas.

CBM Lab – Um novo projeto também veio consolidar o pilar de inovação dentro da Construtora Barbosa Mello. Em julho foi lançado o CBM Lab, o Hub de Inovação e Aceleração da empresa, cujo objetivo é permitir que startups da área possam atender os desafios propostos pelo programa e passem pelo processo de incubação de cinco meses. Nesse período, as empresas participantes convivem com os profissionais da Barbosa Mello, que são referência no mercado, recebem auxílio financeiro para o projeto piloto, têm a oportunidade de investimento caso sua ideia venha a ser acelerada, e ainda podem ter sua solução reconhecida e utilizada em grandes obras de infraestrutura do Brasil, através da CBM. As inscrições das startups seguem até o dia 20/8 no site www.cbmlab.com.br, onde estão todas as informações sobre o programa.

 

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Priscilla Fiorin

Priscilla Fiorin é jornalista e trabalha há 20 anos no setor de tecnologia. Há 8 na Autodesk, é responsável pelas ações de Brand Marketing da empresa.

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